Wednesday, March 22, 2006

Cuidado com o modismo: Logística e Supply Chain

Gill e Whittle publicaram no Journal of Management Science em 1992 um interessante artigo sobre as panaceas em administração e analisaram os ciclos de vida dos modismos empresarias comparando na época a DECADENTE Administração por objetivo, com a MADURA Gestão da Qualidade e com a NASCENTE Ética Empresarial.
O tom da discussão passa por identificar, de forma semelhante aos produtos, ciclos de vida para as técnicas da administração.
Os autores identificam um primeiro momento destas técnicas, correspondente ao nascimento das mesmas, que ocorre normalmente em uma universidade ou centro de pesquisa, por uma publicação seminal feita por bons mas não necessariamente famosos pesquisadores.
Depois de concebida, a técnica entra em uma segunda fase, a da expansão, chamada por eles de adolescencia. Adquire terminologia própria, linguagem visual, e é amplamente divulgada por palestrantes e gurus famosos mas não necessariamente muito bons.
Entra-se depois em um terceiro momento, a maturidade, quando a técnica vai sendo implatanda e disseminada nas empresas. Eis que surgem os consultores. Tchan Tchan Tchan Tchan.!!!!!
Mas nem tudo é um mar de rosas e o modismo passa, a técnica começa a revelar suas limitações e todas as esperanças, sonhos e alguns executivos que motivaram as empresas investir pequenas ou grandes fortunas na sua implementação vão por água abaixo. É a fase de declínio.
Mas a natureza é sabia e rapidinho surge outra técnica de moda e esquecemos tudo ou quase tudo que aconteceu. Estamos no inicio de outro ciclo e assim vamos.
Perguntas: Em que fase está a Logística? E o Supply Chain? Qual será a próxima moda? O que vem por ai?
Gostaria de saber sua opinião.Manifeste-se

1 comment:

Unknown said...

O artigo no qual você se baseou, não lido por mim, parece-me ,segundo seu relato, de pouca profundidade analitica.
Partindo das "panaceas" citadas, pergunto: a ética empresarial é uma coisa nascente?Respondo que ética não deveria ser qualificada como ética isso e ética aquilo.A ética deve ser intrinseca as atividades humanas , e as especificidades surgem das praticas decorrentes da propria atividade.Na empresa, a etica de como tratar o cliente, do valor do produto, das relações com a comunidade e etc, não devem se constituir em modismo.
A "decadente" administração por objetivo, foi repaginada e ampliada, sendo transformada, de forma legítima e oportuna, no BSC.
Ha diferenças significativas entre Objetivos, segundo a ótica da APO, e os KPI ??.Penso que não.
Caminhando na direção ao SCM, eu penso que a Administração do Supply Chain, é a utopoia que deve ser perseguida e, permanentemente, as diversas empresas estarão em diferentes estagios de integração
por limitações de ordem própria , ou por opção de integração.
O SCM deve ser visto como um modelo, que nos seus extremos terá :NENHUMA INTEGRAÇÃO, E NO OUTRO INTEGRAÇÃO PLENA ENTRE AS EMPRESAS DA CADEIA.
Todas as empresas estarão em algum ponto entre estes extremos. As empresas mais evoluidas, inclusive em tecnologia , buscarão os benefícios da integração plena, as menores ou menos evoluidas , inclusive em termos de filosofia administrativa ,e antes, empresarial, continuarão andando através de seus moldes antigos, eficazes, ou não.
Lembremo-nos que administração é contingencial, e a criação de modelos é dependente de inúmers variáveis , que não são apenas de ordem técnica.
Quanto a Logística Integrada, ela tomou força, a partir da "vulgarização " da Tecologia da informação, que viabilizou a administração simultânea dos transportes, gestão de estoques e ciclo de pedido.
A infra estrutura de informações das empresas, de cada empresa, será fator de sucesso da correta administração logística, e por consequência dos benefícios financeiros advindos.
Finalmente, devemos manter claro , que o SCM, não é o substituto da Logística Integrada. O SCM , é administrado através das ferramentas da Logística e da TI e podemos dizer que se trata da rede fisica formada por empresas do mesmo canal empresarial, sobre a qual ocorrem os movimentos "vivos" das transações fisicas de transporte, transferência entre empresas, aramzenagem, estoques compartilhados e administrados conjuntamente na cadeia, sempre através da articulação da logística das empresas envolvidas, e de sua progressiva integração .